O Inter se vê a 90 minutos de se garantir na fase de grupos da Libertadores. O caminho para a vaga, porém, se desenha repleto de tensão no duelo decisivo com o Tolima, na próxima quarta-feira, às 21h30, no Beira-Rio e passa pela evolução ofensiva, por mais agressividade e volume de jogo no ataque.
Após o 0 a 0 no jogo de ida, o Inter precisa vencer – ou seja, balançar as redes – para evitar os pênaltis e avançar ao Grupo E. O técnico Eduardo Coudet trabalha para sua equipe ter mais profundidade. E o faz com a segurança de uma defesa ainda invicta na Libertadores.
A equipe suportou os três jogos na competição até aqui sem ser vazada – dois empates em 0 a 0 e vitória por 2 a 0 sobre a Universidad de Chile no Beira-Rio. O retrospecto ao longo da temporada também é positivo.
São cinco gols sofridos em nove jogos, com média de 0,55 gol por partida. Mas a equipe foi vazada em apenas três partidas em 2020: nas vitória por 3 a 1 sobre o Pelotas e por 4 a 3 sobre o São Luiz na derrota por 1 a 0 na semifinal do primeiro turno do Gauchão. Todos, gols em jogadas de bola aérea.
A solidez do sistema defensivo contrasta com o momento de baixa do ataque. O Inter passou em branco nas duas últimas partidas, com um total de 195 minutos de seca.
A produção ofensiva na derrota por 1 a 0 no Gre-Nal até agradou, com chances criadas e finalizações defendidas por Vanderlei. Foi rendimento no duelo com o Tolima, porém, que causou preocupação, mesmo com desgaste da equipe e a força da marcação adversária ao pressionar a saída de bola.
– A classificação passa pela gente mesmo. Vamos jogar em casa, temos o fator Beira-Rio. Todos sabemos que a gente é bastante forte em casa. Temos que ganhar. Não tem outro resultado. A gente fez um jogo controlado e de pouca criação. Acho que a gente forçou muito pouco. Não tivemos grandes chances, mas acho que eles tiveram uma ou outra. Foi um jogo muito truncado – analisa o zagueiro Bruno Fuchs.
O próprio Eduardo Coudet admitiu que gostaria que sua equipe fosse mais agressiva na partida. O Inter controlou o jogo com quase 65% de posse de bola, mas pouco conseguiu ser contundente e vertical para levar perigo ao Tolima. As chances de gol foram criadas apenas em finalizações de média distância.
– Gostaria de ter mais profundidade, mais variantes. Sobretudo presença de área. Tivemos duas boals que foram para fora. No segundo tempo, não sofremos. O Inter teve mais chances, mais a posse. Faltou profundidade? Sim. Temos buscado, mas ressalto o esforço dos jogadores para sermos protagonistas – diz o treinador.
Inter e Tolima se enfrentam às 21h30 desta quarta-feira, no Beira-Rio, pelo jogo da volta da terceira fase da Libertadores. Quem vencer a partida garante vaga na fase de grupos. Um empate com gols dá a classificação aos colombianos. A persistir o 0 a 0, a vaga será decidida nos pênaltis.
Globo Esporte