Os dois empates seguidos que deixam o sonho do título mais distante têm gosto amargo para o Flamengo. Quando a equipe precisou medir forças no Campeonato Brasileiro, não foi capaz de superar os adversários diretos. O resultado contra o São Paulo nesse domingo, no Morumbi, fez o time cair para a terceira posição. O Rubro-Negro encerrou o retrospecto ruim contra os melhores da competição: só uma vitória em seis jogos contra os membros do G-4.
Diante de Palmeiras, Internacional e São Paulo, que estão junto do Flamengo nas primeiras posições da tabela, o time carioca conseguiu mais três empates e duas derrotas. O aproveitamento é de 33%, quase metade em relação ao que a equipe tem em todo o torneio: 63%.Para efeito de comparação, confira o retrospecto desse quadrangular particular deste G4:
- Palmeiras fez 12 pontos em 18 (venceu São Paulo duas vezes e o Inter uma vez; empatou duas com o Fla e mais uma com o Colorado).
- Inter fez 8 em 18 (venceu o Flamengo em Porto Alegre, perdeu no Rio; venceu uma e empatou outra com o São Paulo; perdeu uma e empatou outra com o Palmeiras).
- Flamengo fez 6 em 18 (venceu o Inter; perdeu uma e empatou outra com o São Paulo; empatou as duas com o Palmeiras).
- São Paulo fez 5 em 18 (venceu apenas o Flamengo, empatando a outra; perdeu as duas para o Palmeiras; empatou uma e perdeu outra para o Inter).
Longe do título, embora não entregue os pontos, como disse o técnico Dorival Junior – são seis pontos de desvantagem para tirar em seis rodadas -, o Flamengo tenta garantir a terceira classificação consecutiva para a fase de grupos da Libertadores.
Além disso, a premiação mais alta ao alcance do vice-campeonato. Em 2016 ficou em terceiro na última rodada e deixou de receber R$ 3,4 milhões. Desta vez, a diferença é maior: R$ 3,6 milhões.
O campeão leva R$ 18,6 milhões. O vice, R$ 11,3 milhões. O terceiro, R$ 7,7 milhões.
Se levar em conta que o Flamengo ficou na semifinal da Copa do Brasil – e a vaga na final garantia ao menos R$ 20 milhões (o campeão ganhou R$ 50 milhões) -, o “prejuízo” seria de R$ 17 milhões entre o potencial de arrecadação como bonificação pelo desempenho esportivo pago pela CBF. Isto por que o semifinalista arrecada R$ 6,5 milhões – R$ 13,5 milhões a menos que um finalista.
A falha no momento da decisão é sentida pelos próprios jogadores, que pedem mais concentração e capricho na hora de finalizar. Réver saiu do Morumbi reclamando das falhas nas chances de bater o São Paulo. Companheiro de zaga do capitão, Léo Duarte fez coro. Vitinho, que teve a bola do jogo nos pés, prometeu “melhorar no quesito”.

Como já havia acontecido contra o Palmeiras, o Flamengo teve mais posse de bola, criou mais, mas não venceu. Diante do Palmeiras, o time carioca teve 62% de posse de bola e tentou nada menos do que 15 finalizações e 37 cruzamentos para fazer um único gol, de Marlos Moreno.
Neste domingo, contra o São Paulo, foram 60% do tempo de jogo com a bola, 21 arremates e e outras 24 bolas na área para buscar o 2 a 2.
Nestas duas partidas, o Flamengo tentou 36 finalizações para marcar três gols. A média no campeonato do Rubro-Negro, que tem o melhor ataque, com 51 gols, é de menos de nove arremates para anotar cada um.
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Com quatro gols nas últimas quatro partidas, Uribe reconheceu as chances perdidas e, com sinceridade, disse que era difícil de explicar tantas chances desperdiçadas em momentos decisivos.
– Faltou somente a bola entrar. É difícil de explicar, por que são situações de jogo. Coisas que passam com a adrenalina alta. Em campo, simplesmente nos precipitamos. Acontece. Só nos resta trabalhar – disse o colombiano.
Confira os últimos seis jogos do Flamengo no Brasileiro:
Botafogo (Fora); Santos (Casa), Sport (Fora), Grêmio (Casa), Cruzeiro (Fora) e Atlético-PR (Casa).
Fonte: G1.