A Polícia Civil fechou uma fábrica de pinos e próteses falsas para implantes dentários, que funcionava em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Um homem de 31 anos, que não teve o nome divulgado, responsável pela comercialização dos produtos, foi preso; e um vasto material que era revendido para empresas e dentistas acabou apreendido.
A operação foi realizada pela delegacia do município em parceria com a especializada de Furtos e Roubos (DFR) da capital. “Eles tinham informações de que essa empresa havia sido investigada há certo tempo e migrou de Curitiba para o bairro Costeira, em São José. Aqui, eles conseguiram um alvará para trabalhar como uma metalúrgica, mas, na verdade, produziam implantes falsificados, material que posteriormente ia parar na boca dos pacientes, causando um grande mal”, disse o delegado Michel Carvalho, responsável pelo caso.
De acordo com ele, não havia nenhum tipo de controle, vistoria ou condições de higiene adequadas no local. ?Parecia um serviço de metalúrgico, mecânico mesmo, com graxa e tudo? Por isso, nós acionamos a Vigilância Sanitária, que fechou a fábrica, e apreendemos todos os equipamentos?, afirmou.
Como os materiais eram produzidos sem nenhuma autorização, o preço era mais baixo que o de mercado, o que fazia com que muitos intermediadores e até mesmos profissionais de odontologia se interessassem por esse comércio. “A partir desta lógica, os próprios dentistas poderiam oferecer um serviço com um custo menor. Agora, nós vamos focar as investigações justamente nos receptadores, para que mais nenhum implante desses caia na boca dos pacientes”.
Segundo Carvalho, os materiais de contabilidade que foram apreendidos mostram que os pinos e próteses produzidos na fábrica chegavam a estados como Goiás e Mato Grosso. “O próximo passo é ir atrás do proprietário da empresa, que é sogro do homem que nós prendemos. Já sabemos que ele é morador de Curitiba, mas montava a empresa aqui em São José. O genro era administrador e fazia toda a comercialização dos materiais”, finalizou.
O rapaz detido deve responder por crime contra a saúde pública, considerado hediondo e com pena máxima de 15 anos. Os dentistas e as empresas que compraram os produtos sabendo que eram falsificados também serão punidos.
Fonte: Marechal News.