Noventa e dois municípios do Paraná irão receber uma campanha de orientação sobre o descarte correto de medicamentos vencidos. A ação será realizada durante 60 dias, em 250 farmácias públicas e privadas, que irão receber caixas identificadas e específicas para o descarte.
O principal objetivo é destacar que os medicamentos fora da data de validade não são lixo comum e devem ser descartados de forma específica. A ação é realizada pelas secretarias estaduais de Saúde, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, em parceria com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) e Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Paraná (Sindifarma).
A campanha faz parte do Programa de Logística Reversa de Medicamentos, que prevê uma série de ações envolvendo governo, comerciantes e indústria para a coleta e destinação correta de resíduos de medicamentos. “Essa campanha é um marco histórico que mostra que o grave problema do descarte de medicamentos está sendo tratado no Paraná com a responsabilidade que o tema merece. Abrimos 250 pontos de coleta nessa campanha, mas queremos em breve disponibilizar ao menos um ponto em cada um dos municípios paranaenses”, comenta o secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Nardi.
Descarte
Os medicamentos concentram em sua formulação substâncias químicas, biológicas ou hormonais que podem ser contaminantes. Quando são descartados irregularmente e são destinados a um aterro sanitário, se associa ao chorume do lixo comum e pode chegar ao terreno subterrâneo, contaminando o lençol freático.
Uma vez no esgoto, o medicamento pode chegar diretamente ao meio ambiente, poluindo rios, lagos e solo ou, então, acabar em uma estação de tratamento, que nem sempre consegue eliminar totalmente a substância da água. A queima a céu aberto é outra forma de descarte inadequado com graves consequências ambientais.
“Os resíduos de medicamentos precisam de tratamento especial desde a coleta para não causarem risco à população. Por isso, é importante que as pessoas adotem como um hábito fazer o descarte apenas nos pontos identificados”, alerta Nardi.
A legislação estadual prevê que a responsabilidade sobre a destinação adequada dos medicamentos domiciliares em desuso é compartilhada entre todos os envolvidos na cadeia de medicamentos. Os estabelecimentos que comercializam ou distribuem são responsáveis pelo recebimento da população e armazenamento até o recolhimento para destinação final. Já os fabricantes, importadoras e revendedoras respondem pela coleta, transporte e destinação ambientalmente adequada.
Fonte: MassaNews