Uma rede de associação criminosa comandada por presidiários é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (16). A ação cumpre mandados no Paraná e também em Santa Catarina e São Paulo.
Conforme a PF, líderes da organização criminosa transmitiam ordens de dentro da Penitenciária Federal de Catanduvas, que fica no oeste do Paraná, para integrantes que estão em liberdade.
A rede contava com a participação de um servidor da penitenciária e uma advogada. Segundo as investigações, ambos atuavam na transmissão de ordens das lideranças da facção criminosa.
A operação foi batizada de “Eifaltes” em alusão ao nome do homem que traiu a nação por dinheiro, durante a Batalha das Termópilas, quando o exército grego enfrentou o exército persa.
Policiais cumpriram mandados em SC e SP, além do Paraná. — Foto: PF/Divulgação
Ao todo, foram expedidos 26 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão em três estados. No Paraná, os mandados foram cumpridos em Catanduvas e em Cascavel.
Em Santa Catarina, a PF cumpriu mandados em Chapecó. Em São Paulo, buscas foram feitas em São Bernardo do Campo.
Segundo a PF, entre os bens apreendidos estão carros de luxo. — Foto: Adriana Calicchio/RPC Cascavel
O agente federal investigado deve responder por associação ao tráfico de drogas, organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Somadas, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
No Paraná, mandados foram cumpridos em Catanduvas e em Cascavel. — Foto: Adriana Calicchio/RPC Cascavel
Sobre a prisão do servidor federal, o diretor da Federação Nacional de Agentes Federais de Execução Penal, Marcelo Adriano Ferreira, disse que a operação é uma prova de que a categoria não tolera a corrupção por parte dos seus integrantes.
Segundo Marcelo, a federação deu apoio às investigações, que começaram em 2020. Ele disse que ainda não teve acesso aos autos para falar mais detalhadamente, mas afirmou que continua cooperando com o trabalho do setor de inteligência.
Sobre a prisão da advogada, a Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB Paraná) disse que não vai se manifestar enquanto a questão não for formalmente informada pela Polícia Federal.
Fonte: G1 PR