Desde o dia 17 de novembro do ano passado, a rotina da psicóloga paranaense Olinda Pereira Guedes, de 48 anos, mudou. Ela passou a viver as melhores manhãs, as melhores tardes e os momentos mais emocionantes que poderia esperar.
Tudo isso, garante ela, graças aos sete filhos que ela conseguiu adotar e formar uma família.
Dados de março do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que no Paraná são 3.906 mil pretendentes a pais e mães para 944 crianças ou adolescentes. Olinda e os filhos saíram desta lista para contar uma bela história de amor.
No último domingo (13), primeiro Dia das Mães com todas as crianças, a paranaense diz que não tem nada de diferente para comemorar. Afinal, desde que eles chegaram na vida dela, todos os dias têm sido muito especiais.
“Vai ser mais um dia de muitas alegrias, eu tenho certeza. Eu só não posso esquecer de tirar um retrato com todos juntos porque é tão difícil de reunir todo mundo ao mesmo tempo“, brinca.
A mãe de primeira viagem contou que é divorciada, mas que supre de maneira exemplar a figura do pai. “Eu sou uma espécie de ‘pãe’. Me viro nos 30 pra fazer tudo e dar muito amor. Eles são a minha vida e eu sou a vida deles”, ressaltou.
Nascida em Iporã, no noroeste do Paraná, Olinda atualmente mora em uma chácara em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela contou que o único objetivo dela, desde criança, era ser mãe. Como não conseguiu de uma maneira natural, optou pela adoção.
“Eu acho que Deus não poderia ter sido mais generoso comigo. Seja natural ou não, são meus filhos, meus amores“, ressaltou. A psicóloga confessou ainda que apesar do sonho de ser mãe, nunca imaginou que os filhos seriam ser tão maravilhosos e amorosos como os que ela escolheu.
“Eles vêm com a mãozinha pedindo benção e logo começa aquele tumulto maravilhoso de ‘mamãe aconteceu isso’, ‘mamãe aconteceu aquilo’, ‘mamãe quero omelete‘.Entre as atividades dos filhos estão escola, patinação, equitação, violino, flauta, futebol, ginástica rítmica, além de alguns afazeres para ajudar a mãe em casa.
“O meu único desejo é que eu continue tendo condições de criá-los e de ampará-los. Eu digo isso no sentido de que eles possam ter conhecimento e ter o talento deles bem assistido porque todos são muito inteligentes, gostam de praticar esportes, estudar, enfim. Eu quero poder, sempre, fazer parte da vida deles e dar condições pra eles se desenvolverem“, destaca a mãe. Dos sete irmãos, seis são da mesma família biológica. A menor é portadora de necessidades especiais, tem dois anos, e chegou em 2016. Os outros irmãos têm entre 6 e 12 anos.
Fonte: G1 Paraná.