Segundo a Radiografia do Endividamento e Consumo, elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), com base em dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 87,9% das famílias paranaenses possuía algum tipo de dívida ao longo de 2017. A média anual brasileira ficou em 60,7%.
Em todos os meses do ano passado, o Paraná liderou o ranking nacional de endividamento, seguido por Roraima e Santa Catarina.
O endividamento no estado alcançou 90,6% em dezembro, maior índice dos últimos quatro anos. Entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, chegou a 94% no último mês do ano. Já nas famílias de menor renda, a taxa de endividados ficou em 89,9%.
Bons pagadores
Apesar de ser o estado com mais endividados, os consumidores paranaenses não são maus pagadores. Tendo 27,3% de endividados com contas em atraso, o Paraná se caracteriza por um alto endividamento, mas um percentual de atraso relativamente baixo. Quanto à falta de condições pagamento das dívidas, a média de 2017 foi de 10,4%.
Dívida não é ponto negativo
De acordo com o Departamento de Pesquisas da Fecomércio-PR, cabe destacar que o endividamento não deve ser considerado, a princípio, como um fato negativo. A existência de dívidas indica capacidade de compra e a possibilidade de parcelamento, que só é aceito enquanto o consumidor está adimplente e paga suas contas em dia.
Tipos de dívidas
Os principais motivos de endividamento dos paranaenses em 2017 foram o cartão de crédito, que correspondia a 70,4% nas contas em aberto; o financiamento de veículo e o financiamento imobiliário, com 9,7% cada.
A maioria dos consumidores (45%) considerava ter um nível moderado de dívidas, mas outra parcela considerável, 27,5%, reconhecia estar muito endividada. O tempo de comprometimento com dívidas ficou bastante distinto: enquanto 44,8% dos endividados estavam com o orçamento comprometido por apenas três meses, 44,1% comprometeram sua renda por mais de um ano.
A média de endividamento foi maior entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, cuja média anual ficou em 90,8%, ante 87,3% entre as famílias com renda inferior.
Massa com informações da Fecomércio-PR